SEM SOMBRA DE DÚVIDA

Há entre o corpo e o escuro

Entre o claro e o imaterial

Algo de cumplicidade, juras

Modelando formas, talhe ideal

Assim quando o dia amanhece

A sombra se alonga, desponta

Incansavelmente vem e aquece

Levando o frio da madrugada

Já, quando a tarde chega

Ela persegue do outro lado

Acompanhando a vida, abnegada

Dançando a sina, baile ou fado

Mas, é ao meio-dia, o máximo

Quando corpo e sombra se encaixam

De um modo misterioso, quase perfeito

E, então, à noite, ambos são sombra no leito

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 30/05/2010
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