SEM SOMBRA DE DÚVIDA
Há entre o corpo e o escuro
Entre o claro e o imaterial
Algo de cumplicidade, juras
Modelando formas, talhe ideal
Assim quando o dia amanhece
A sombra se alonga, desponta
Incansavelmente vem e aquece
Levando o frio da madrugada
Já, quando a tarde chega
Ela persegue do outro lado
Acompanhando a vida, abnegada
Dançando a sina, baile ou fado
Mas, é ao meio-dia, o máximo
Quando corpo e sombra se encaixam
De um modo misterioso, quase perfeito
E, então, à noite, ambos são sombra no leito