SAUDADE DAS ÁGUAS
Imerso nesse rio de lembranças mornas,
Viajo ao sabor das águas que correm mansas,
Por vezes plainando em sua superfície de ontem,
Noutras em mergulho tão fundo que me falta memória.
Sentado aqui no barranco desse rio que passa,
Espreito o outro lado das águas que descem,
Passam as águas, com vagam meus pensamentos,
Das águas eu bem sei do destino premeditado,
Das minhas viagens também sei que chegam a ti.
Assim só, só o rio e as águas me fazendo companhia,
Lembrando de quando sentavas e ficavas ao meu lado,
E tudo que passava pelo rio eram sonhos em dupla,
E também sabíamos o que nossas esperanças compunham,
Que passaram e foram rio abaixo como as águas de agora.
As estrelas parecem ser as mesmas que nos iluminavam,
Agora com brilho opaco pelos meus olhos de saudade,
E a lua que deixa a noite tão clara e mostra minha nostalgia,
Ainda a mesma que reluzia teus cabelos enquanto eu os afagava,
A mesma que sabia dos poemas que lhe fiz olhando o mesmo rio.
Essa lua brilhando assim, reluzindo as águas rio abaixo,
Esse silêncio da noite e a visão dos montes lá longe,
Sombreados pelas nuvens que passam intrometidas,
Pintam esse quadro mágico que me amarga a garganta seca,
E por minha conta sobreponho tua imagem sobre a paisagem.
A noite já vai alta, a madrugada se avizinha,
A lua quase se escondendo atrás do morro distante,
Deixando o vale em breu, qual a minha saudade ardida,
E as águas continuam passando assim teimosas, renitentes,
E eu também meu vou seguindo o rio vale abaixo,
Mas volto outra noite, para aquiescer a abrandar a saudade de ti.
Imerso nesse rio de lembranças mornas,
Viajo ao sabor das águas que correm mansas,
Por vezes plainando em sua superfície de ontem,
Noutras em mergulho tão fundo que me falta memória.
Sentado aqui no barranco desse rio que passa,
Espreito o outro lado das águas que descem,
Passam as águas, com vagam meus pensamentos,
Das águas eu bem sei do destino premeditado,
Das minhas viagens também sei que chegam a ti.
Assim só, só o rio e as águas me fazendo companhia,
Lembrando de quando sentavas e ficavas ao meu lado,
E tudo que passava pelo rio eram sonhos em dupla,
E também sabíamos o que nossas esperanças compunham,
Que passaram e foram rio abaixo como as águas de agora.
As estrelas parecem ser as mesmas que nos iluminavam,
Agora com brilho opaco pelos meus olhos de saudade,
E a lua que deixa a noite tão clara e mostra minha nostalgia,
Ainda a mesma que reluzia teus cabelos enquanto eu os afagava,
A mesma que sabia dos poemas que lhe fiz olhando o mesmo rio.
Essa lua brilhando assim, reluzindo as águas rio abaixo,
Esse silêncio da noite e a visão dos montes lá longe,
Sombreados pelas nuvens que passam intrometidas,
Pintam esse quadro mágico que me amarga a garganta seca,
E por minha conta sobreponho tua imagem sobre a paisagem.
A noite já vai alta, a madrugada se avizinha,
A lua quase se escondendo atrás do morro distante,
Deixando o vale em breu, qual a minha saudade ardida,
E as águas continuam passando assim teimosas, renitentes,
E eu também meu vou seguindo o rio vale abaixo,
Mas volto outra noite, para aquiescer a abrandar a saudade de ti.