TUA BOCA






Tua boca

de camélia, tez

e prumos dilatam a minha

loquaz manhã adjacente,

devoras-me, ossos

e minha clave ramificada.





tua boca

de donzela, piso e léguas

nas tardes prenhes, geometria

louca.





rua nua, moradia,

pedra veemente, olho

tudo e refaço-me

diante de tua boca.









ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 29/05/2010
Código do texto: T2286832
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.