Esta existência de viver,
Que na infinidade do tempo
Redescobrimos quem somos
O que buscamos nesse mundo.
Comecei a entender e ver dentro da própria morte das coisas,
Dos sentimentos conquistados e perdidos...
Então o tempo e o momento mostram
O encanto do morrer ao seu tempo.
A mocidade é um relâmpago ao pé da eternidade!
A vida é um tempo sem ponteiros.
Um relógio sem parada.
O que vale a vida?
O choro de uma mulher,
O sorriso de uma criança,
Um canto sem destino,
Um passo de dança inesquecível.
Com tudo a vida intimida.
E a solidão leva-nos a recordar da morte,
E o encanto do morrer.
Fechei os olhos e fui de encontro ao sonho...
Sonho esse tão doce...
Tão companheira e cheia de vida
Dentro de mim.
Que mesmo que o encanto de morrer
Viver ao lado...
A vida que encontro dentro de mim é linda!
Que encaminhan-me para
Viver dentro de uma imensidão
Que a morte não vence e nem se faz acontecer.
Porque a vida é infinitamente
Redescoberta a cada momento.
Pelo desejo de amar e viver
O grande, o incrível amor.
Amor esse que nasce com o Sol
E se instala com a Lua
Se cobre entre as estrelas...
E se deita nas folhas verdes entre
Flores e o perfume de jasmim.
Elas não intimidam-se com o tempo
E nem renunciam entre as folhas secas.
Elas também fazem parte
Da poesia do amor da vida!
E só assim entendo o que existe dentro de mim...
Amar e amar, encontrar o mais belo sorriso,
A lágrima mais doce,
A voz mais suave,
As palavras jamais ouvidas,
De tantas que já foram ditas...
Encontrar a própria vida!
Num outro ser que me completa.
Sem pressa, sem medo
Só o amor presente.
Amor este que não vai ser escrito
E nem entrar nas histórias...
Esse amor e nossos mais íntimos momentos
Serão segredos das folhas da vida
As folhas da alma, que marcou o grande amor.
Que só nos dois seriamos leitores dos momentos vividos...
O livro será eterno, as páginas escritas a dois...
Na pele de nossas sementes...
Que fincarão a vida!
Adriana Leal
(Texto revisado)