Luz do Camafeu
Tudo é magia quando
A ostra desperta em devaneios
Abrindo-te em joia rara, anjo,
Menina dos céus, mulher dos véus!
Viajando pelos ventos outrora
Pouso meu olhar sob teu hemisfério
Deixando-me invadir pela luz do candeeiro
Te revelando em nítidos broches,
Dourados camafeus, sol de entardecer!
Sob o tempo dos versos
Estreito meu lamento marejado
Sentindo prosaicas nuances, liras,
Heranças do âmago, da caricia tua,
Lúdicas visões, lua de anoitecer!
No alvo botequim
Perdura ainda a silhueta sobre a seda,
Vislumbrando alquimias exóticas,
Como a flor do jacarandá, pele tua,
Eclética sedução, amor de apaixonar!
Auber Fioravante Júnior
27/05/2010
Porto Alegre - RS