Obra de Amor

Do fogo,

Vieste em carruagem dourada

Embriagando em lácteas essências

O verbo comunhão, o celebre agudo

Dos olhos marejados em lamentos!

Raros sonetos,

Grafaram em alvéolos cumplicidade,

Atos romanescos intuindo música,

Imortais codinomes ditos e lidos

No silêncio das faces dentre o condão!

Em mil canduras,

Desabrochei teu colo em purpurina

Ouvindo d’aura teus versos tradutores

Inundados de lírios mágicos

Pintando na pele uma obra de prazer!

Quero a flor violeta por inteiro

Fluindo em lirismo, me seduzindo

A mais um êxtase em teu céu

De velas lançadas ao etéreo,

Ao vínculo dos veios sublimados

Em pérolas de amor!

Auber Fioravante Júnior

26/05/2010

Porto Alegre - RS