Um instante infinito
Meu olhar se veste de retina
lembrando o teu
articulando pensamentos
atirando-se a esmo
sem sinais, pistas ou partículas
talvez fricção do meu eu
Como te encontrar,
não sei...
talvez sejas a lua vestida de noite
sem rumo, prumo ou leme a guiar,
sem direção para andar.
Olho, olho a olho para dentro de mim
e encontro...
a casa, o botão e a felicidade,
indelével
tendo por inteiro tua metade.
E esses versos te dou
aos que chamam amor,
na biblioteca dos sonhos
de mãos dadas a caminhar
te quero sempre em minha vida,
á lapidar...
nossos lábios se tocam
em um instante infinito
em movimentos paralelos
teu nariz toca o meu
que em teus braços me acolheu...
e as pessoas passam sem entender, sem perceber
ah...
em vão seria o meu amor
sem o teu!