Canto Gaúcho a São Paulo
Quando a noite se amortalha
Nesta Capital paulista
Na hora em que o Sol se Alista
Pra iluminar a batalha
Do povo que mais trabalha
Eu ergo um brinde esverdeado
De um chimarrão bem cevado
Com o respeito mais profundo
A todas gentes do mundo
Que aqui têm se aquerenciado
Nesta Torre não-Babel
Onde todos se compreendem
E os que não sabem aprendem
Que o nosso humano Papel
É ser abelhas, dar mel
Fazendo doces do fel
Que deixamos para trás
Pra servir neste quartel
Como soldados da Paz
Aqui neste formigueiro
Não existe japoneses
Nem Turcos, ou Tailandeses
Aqui não há estrangeiros
Somos todos brasileiros
Com diferentes culturas
Somos todos Criaturas
Que respeitam as diferenças
De formas e estaturas
Cores de peles e crenças.
Todo o coração é aberto
Os templos todos sagrados
Rezam todos misturados
E se o futuro é incerto
Se Ora onde for mais perto...
É assim, neste lugar
Em que pelo trabalhar
Se aprende a dignidade
E se ensina à humanidade
Qu’inda é possível Sonhar....