Sob o mesmo Céu

Tantos suspiros, entre poéticos e saudosos,

querem trazer-te a mim na sua solidão.

Tão longe dos olhos, mas dentro d'alma e do coração,

sentimento tão intenso e marcante em minha vida.

Tantas palavras, escritas à luz da Lua

para ti, que és filho desta noturna soberana,

que faz da minha história uma ópera liricamente insana

e do meu corpo, um reino à espera do seu soberano.

Tanto, tanto à ofertar, adorada Lua Cheia,

droga amada que excita minha poética vocação

e me faz desejar teu filho, meu menino, louca paixão

a provocar-me ânsias de versejar mais uma vez.

E é versejando, que sinto-te ao meu lado.

A luz da Lua me sugere a ilusão do teu tocar...

Deus! Anelo pelo momento em que irei te encontrar

e pôr na prática tudo o que eu idealizo e sonho...

Olho para a Lua Cheia, a qual também olharás

em qualquer momento desta noite embriagante.

Será que pensas nesta menina tão vulgar e inconstante,

ou apenas segues teu jovem e impetuoso viver?

Mas agora não importa, estás dentro de mim,

como conquistador, após o muro ter ido à ruína...

Pois, mesmo distantes, a mesma Lua nos ilumina

- terrenamente longe um do outro; mas, unidos sob o mesmo Céu...

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 26/05/2010
Reeditado em 01/06/2010
Código do texto: T2281871
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