MULHER IV
Nobre mulher, a qual tem brandura
Que mitiga a minha amargura!
Ó nobre mulher confesso com franqueza pura
Pois por você tenho imensa ternura!
Mulher que cativas completa,
Meus anseios, minha carne tu desperta!
Seja num breve olhar, ou embaixo das cobertas
Mulher que completa contigo a felicidade é certa!
Charmosa e muito bela, que oras formosa
Sabes que em meu peito, ao coração és famosa!
Linda pode ficar orgulhosa a toda prosa
Sabendo desde agora, que te acho mais do que gostosa!
És envolvente, formidavelmente inteligente
Haja vista que és paciente!
E por mais que eu tente ser descrente
Vem você mulher, e me deixa carente!
Ó mulher luminosa, que me arrepia
Este pobre ser que muitas das vezes demente espia
A sua própria vida e indaga, mas tu és magia
O contentamento de toda minha alegria!