Apologia do espaço sem amor

Com a polidez da vida

me torce neste dia

exclamando o amor roxo

pela doçura de tua boca

envergonhada minha face

pela falta de espaço

porque giro, qual compasso

sem graça

e como é bom ver o que faço

embora me embaraço, vejo o que faço

nesta vida sem graça

me torno, qual traça

ao tempo que passa

papéis em minha frente, extinção poluente

mais tudo por um abraço

vale a pena o que faço,

dum papel branco, uma colorida imaginação

Curto meu gênio feroz

das lágrimas antes derramadas

Paredes em socos, eu sofrido

meus punhos adormecidos, ingrato,

abro espaço, ergo a um abraço

grito com grande brado

por teu corpo ungido, da beleza universal

Que nosso amor, no meio do espaço

Que cria nas entrelinhas, candura

E sem loucura

Verny Clovek
Enviado por Verny Clovek em 26/05/2010
Reeditado em 31/01/2011
Código do texto: T2281266
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