Pensamentos de inverno...
Minhas mãos estão geladas.
Avançam para o infinito
Em busca de outras mãos...
Meu rosto está frio
E olha para os lados
Procurando um afago...
Meus olhos procuram,
Procuram ser ver
O rosto amado...
Meu corpo anseia por carícias mil
Mas elas não vêm
E eu estou cansada...
Fiquei prisioneira da espera
E o tempo passou:
Nem vi que o inverno chegou...
Vou à busca de eternas primaveras
Ou, quando muito, outonos.
Mas não quero o inverno!
Quem sabe é à hora
De buscar outros rumos
No tempo do agora...
Quem sabe é o momento
Do desenlace dos sonhos
Que não soubeste usufruir...
Quem sabe é a hora
De sair de cena
Sem nenhum lamento...
Quem sabe é a hora
De dizer: - Adeus!...