NUVENS NEGRAS
Os lábios que meu lábios beijaram,
eu esqueci na curva do tempo.
Os braços que me abraçaram
a cada gesto de carinho
não mais aquecem do frio outonal.
Batem à janela gotas de chuva
e espiam pelo vidro o silêncio moribundo da alcova,
sem encontrar os amores que se foram um a um,
já não cantam mais como as cotovias
nos verdes vales.
Olho para o mar de Jurerê
que a praia abarca
e não mais encontro o brilho de seus olhos
refletidos nas águas cristalinas.
A música que embalava nossos sonhos
era mais do que música.
O pão que dividíamos era mais que pão.
Nosso amor era mais que amor,
sentia-se a pulsação de um querer,
num só respiro como o abrir nos prados
as primeiras flores.
Agora restam as sombras murmurantes
à espera de uma nova primavera.
Os lábios que meu lábios beijaram,
eu esqueci na curva do tempo.
Os braços que me abraçaram
a cada gesto de carinho
não mais aquecem do frio outonal.
Batem à janela gotas de chuva
e espiam pelo vidro o silêncio moribundo da alcova,
sem encontrar os amores que se foram um a um,
já não cantam mais como as cotovias
nos verdes vales.
Olho para o mar de Jurerê
que a praia abarca
e não mais encontro o brilho de seus olhos
refletidos nas águas cristalinas.
A música que embalava nossos sonhos
era mais do que música.
O pão que dividíamos era mais que pão.
Nosso amor era mais que amor,
sentia-se a pulsação de um querer,
num só respiro como o abrir nos prados
as primeiras flores.
Agora restam as sombras murmurantes
à espera de uma nova primavera.