DELIRIO

Delírio

Da altanaria profunda, indago sem embaraço

Inda vagueio os pensares, deste meu inchaço

É notória a sobriedade da alma

Dos dias tidos, que se acalma.

Então denoto sem macula

O amor puro, de brios

Compondo em versos

Em dia e noite, pula.

Nua, e cabe o amor sem timidez

A boca minha a sua comprimia

E a pele em arrepios, ela dizia

Meu amor, abaixo, beije-me, minha altivez.

Honrarias cabíveis, nobre desejo

Minha boca, ao seu anseio, obedece

E beija languidamente lá, ensejo

Sentindo o seu gosto, que prece

E que digas suspiros, de gozos infinitos

Cá disse ao pé de ouvido, amor me tenha

E seu par de seios, anelos duros mordiscos

Arrepiando o anelo, da alma, fogo e lenha.

Em seu ventre pouso a boca

Mas amor, abaixo mais, te quer

Suspirando afavelmente para ter

Sem denotar o elos deste amor, pouca!

Após o ato marcado

Vagueia os olhares

O abraço apertado

(...)

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 25/05/2010
Código do texto: T2279839
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