Ressonâncias de Outono

Ao soprar da brisa,

Encontro-me em reversos

Vislumbrando o rodopiar das folhas

Inventando no final de tarde,

Idílicos balé’s de outono!

Vem das doces águas,

Este cheiro gostoso de poesia

Ora em marejados horizontes

Bebendo em pedaços

Palavras flutuantes no ritmo blues

Aberto em nuvens pelo tempo!

Oriundos da noite fechada,

São estes efêmeros divagares

Ora em sorrisos insinuantes

Flechando minhas folhas vazias,

Citando anjos e inspirações

Ressonâncias de uma catedral!

Bordado em alva seda

Ainda se mostra a escultura felina

Suspirando encouraçadas serenatas,

Desvendando no badalar das torres

Viços de um amanhecer dourado

Construindo castelos,

De um simples sentimento!

Auber Fioravante Júnior

18/05/2010

Porto Alegre - RS