Divagar das Mãos
Nas pegadas,
A sina em versos cristalinos
Concebidos naquele luar,
Naquela janela aberta pel’alma
Incontida em intuições,
Altiva aos mais belos ensejos!
Em claras venturas
Recolho-me aos meus devaneios
Levado pela outra taça sobre a mesa,
Cevando meus verbos, meus anversos
No divagar das mãos, na gota do olhar!
Dentre as velas,
O corpo violeta em entalhes mágicos
Entoa-me mais um entrelinha,
D’onde cultivo brisas, néctares,
Um sopro atenuante ao coração!
Pelo aço do piano
A voz inebriante no afago do lábio,
Dizer-te “eu te amo”, sem dor,
Em preces sublimares, no silêncio,
No veio calado da sofreguidão!
Auber Fioravante Júnior
19/05/2010
Porto Alegre – RS