DELIRÍROS
Ainda ouço passos
sobre o assoalho
da velha casa
em que moravamos.
Ainda vejo à sombra
do passado
por trás das cortinas
em ruinas,
a nos espreitar.
Mas, nada me amedronta.
Porque
sei que é pura imaginação
da minha mente doentia,
pela falta de oxigênio
dos seus pulmões.
Beije-me ,beije-me,
preciso de ar
para continuar vivendo
junto de ti
com meus delírios
de menino travesso.
Beije-me
para que possa
sentir-me vivo
ativo,sem medo
de ser feliz,
por entre
os recantos sombrios
das entranhas da vida
à delirar.