SONETO DE DOR

NAQUELE LINDO DIA

A ESTRADA EXIBIA

AQUELA AMARELADA DOR

SE ARRASTANDO LENTO

DENTRO DO VENTO

FRIO E AMARGURADOR.

DESABROCHAVA O GRITO

IMPLORANDO DO INFINITO

AQUELE CORPO CANSADO

QUE NA LUZ VIVIA

SE ARRASTANDO PEDIA

PAZ A UM DESGRAÇADO.

NA CALÇADA DURA

EXIBIA AMARGURA

DO DESGRAÇADO CALADO

CAMINHANDO SEM GRITO

A REGURGITAR DO INFINITO

UM JARDIM SONHADO.

NAQUELA NOITE CALMA

A PÁLIDA ALMA

CAMINHAVA SOFRENDO

NAQUELE LINDO LUAR

MOSTRAVA O OLHAR

QUE VAI VIVENDO.

A MADRUGADA SERENA

EXIBIA NA ESTRADA MORENA

OS VERSOS AMARGURADORES

ONDE NO PAPEL FAÇO

NO BRANCO ESPAÇO

RETRATAREM AS DORES.

PAULOONZECHAVES
Enviado por PAULOONZECHAVES em 24/05/2010
Código do texto: T2276398
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.