RIO
Rio de águas pretas,
quase asséptico,
banha areias tão brancas,
em praias de paz.
Rio de águas barrentas,
impetuoso e fértil,
caudaloso e furioso,
que arranca barrancos.
Rio, simplesmente,
das minhas lembranças,
das minhas andanças,
em aguas tão doce.
Rio, sentindo,
pingos e respingos,
da água salgada,
da espuma do mar.
Navego agora,
outros lugares,
outras terras,
outros mares,
longe do rio.