Vejo-te amanhã

Vejo-te amanhã

Quando os primeiros indícios do arrebol

Pela janela madrugarem no seu café,

Não despreze o perfume da manteiga,

Escorregando pelo pão, ainda quente

Do meu calor.

Os ovos frigindo minha dor

Arrefecem sua fome de amor.

Do chá fumegante

O vapor dos meus abraços

Trarão memoráveis momentos.

A vida se deteriora

No bolor dos bocejos

Abafados no seu peito.

O açoite da noite

Acorda os antigos sonhos.

GARDÊNIA SP 23/05/10

Gardênia
Enviado por Gardênia em 23/05/2010
Reeditado em 07/03/2021
Código do texto: T2273981
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