Vejo-te amanhã
Vejo-te amanhã
Quando os primeiros indícios do arrebol
Pela janela madrugarem no seu café,
Não despreze o perfume da manteiga,
Escorregando pelo pão, ainda quente
Do meu calor.
Os ovos frigindo minha dor
Arrefecem sua fome de amor.
Do chá fumegante
O vapor dos meus abraços
Trarão memoráveis momentos.
A vida se deteriora
No bolor dos bocejos
Abafados no seu peito.
O açoite da noite
Acorda os antigos sonhos.
GARDÊNIA SP 23/05/10