SE EU VOLTASSE A SER CRIANÇA...
Se eu voltasse a ser criança,
correria pelos campos,
colheria flores campestres,
apanharia frutas no pé,
brincaria de roda e na lama,
andaria descalça pelo quintal,
jogaria bolinhas de gude
e participaria do bate bola
na frente de casa, à tardinha,
depois de ter degustado o pão
sovado por minha avó paterna.
Se eu voltasse a ser criança,
comeria vagarosamente os caramelos
comprados por me avô materno
no barzinho da esquina,
saborearia as gemadas batidas
pelo meu avô paterno
embaixo do angico nos finais de tarde,
apreciaria o leite morno com canela
recém tirado das vacas por minhas tias,
devoraria muitas e muitas pessegadas
e goiabadas feitas por minha avó materna.
Se eu voltasse a ser criança,
não usaria cabelos presos,
vestidos com babados
e sapatos de verniz;
usaria camisetas, bermudas, tênis,
cabelos curtinhos ou soltos ao vento;
tomaria banho de chuva
e pediria ajuda as fadas
para que as crianças crescessem
em casas com pátios enormes
e pomares cheios de frutas.
Se eu voltasse a ser criança,
rezaria todas as noites
para que Nosso Senhor semeasse
amor no coração dos homens,
cuidaria dos bichinhos,
seria uma menininha estudiosa,
não destruiria brinquedos
nem brigaria com os meus primos;
transformar-me-ia numa fadinha
para eternizar cada segundo
e permanecer sempre criança.
Se eu voltasse a ser criança,
correria pelos campos,
colheria flores campestres,
apanharia frutas no pé,
brincaria de roda e na lama,
andaria descalça pelo quintal,
jogaria bolinhas de gude
e participaria do bate bola
na frente de casa, à tardinha,
depois de ter degustado o pão
sovado por minha avó paterna.
Se eu voltasse a ser criança,
comeria vagarosamente os caramelos
comprados por me avô materno
no barzinho da esquina,
saborearia as gemadas batidas
pelo meu avô paterno
embaixo do angico nos finais de tarde,
apreciaria o leite morno com canela
recém tirado das vacas por minhas tias,
devoraria muitas e muitas pessegadas
e goiabadas feitas por minha avó materna.
Se eu voltasse a ser criança,
não usaria cabelos presos,
vestidos com babados
e sapatos de verniz;
usaria camisetas, bermudas, tênis,
cabelos curtinhos ou soltos ao vento;
tomaria banho de chuva
e pediria ajuda as fadas
para que as crianças crescessem
em casas com pátios enormes
e pomares cheios de frutas.
Se eu voltasse a ser criança,
rezaria todas as noites
para que Nosso Senhor semeasse
amor no coração dos homens,
cuidaria dos bichinhos,
seria uma menininha estudiosa,
não destruiria brinquedos
nem brigaria com os meus primos;
transformar-me-ia numa fadinha
para eternizar cada segundo
e permanecer sempre criança.