DOCE JARDIM

Mimo delicado

Do jardim das delícias

Flor de brancura

Deste reluzente azul, verde celeste.

Delicadas mãos de maio

Macio veludo

De mucosas e serosas rosadas

Serpenteadas em negros lençóis

Adocicados pela cica

Circa do suor de um amor fugaz.

Mãos doces

Como laços de ternura

Esnobes, tal frescor

Da relva amarelada

Pelo sol telúrico

Que me derrete.

Mimo realista

Minimalista, surreal

Debruçado nos jardins

Das delícias

Alvo, branco, celeste.

Delicado mimo

Cipreste, campesino...

Doce, doce, doce

Como orvalho

Que retiro da boca

De mimadas crianças

Em seus fantásticos e coloridos

Carrosséis de sentimentos

Borbulhantes

Dos parques de diversões.

Dos públicos parques,

Passeios públicos

Para os pássaros e borboletas libertinos

Das cidades

Que adoçam minha alma

Pela mimosa mucosa de tua boca:

Entardecer...

Marco Antonio Cabral Pereira

Marco Kbral
Enviado por Marco Kbral em 22/05/2010
Código do texto: T2272817
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