Eterno poema
Em teu seio o acalanto para o pranto que devoro. Ora choro, ora oro, ora, hora rememoro
Sei você, tão mais que eu, um vil plebeu... reles apogeu... sou eu assim
Pobre de mim, tão magoado, tão machucado, encarcerado em tua realeza
Te fiz princesa, não é surpresa, pois a riqueza é profundeza
Grandeza que vem de dentro, odora no alento, espalha ao vento e diz a mim:
Me queira sim, até o fim... Ah, meu poeta! Vem, me completa, moça discreta
Tão acanhada, não fala nada... só me deseja, me envolve, me beija, meu compositor
Me mostra amor, mais que palavras nascidas da pena, me faz teu tema, teu eterno dilema... Infindo poema