PROVA DOS NOVE
Agora falta a prova dos olhares
A distância menor do que dois palmos
Os meus castanhos neste teus luares
E que o vento e o oceano estejam calmos
Agora falta a prova dos dois lábios
Se encontrarem num longo e doce beijo
Os meus tão tolos sobre os teus tão sábios
Enquanto um violão chora um arpejo
Agora falta a prova dos abraços
Concretos, calorosos e macios
Que estes meus braços tomem teus espaços
Pra nunca mais haver invernos frios
Agora a falta a prova das mãos dadas
Na longa caminhada pelo mundo
Que as minhas negras e as tuas alvoradas
Não se separem nem por um segundo