É noite na minha alma, ainda choro por você,

Mas esse encanto precisa morrer.

São os primeiros momentos que se parecem anos,

Penso... São enganos não podem viver!

Meus pensamentos perderam-se, e perdi a razão,

Vi meus sonhos desfeitos num amor em inanição,

Era guerra dentro de mim,

Minha vida contra meu coração.

Me entregaria a esse amor pra sobreviver

Ou o resistiria para no primeiro passo morrer?

Fim dos sonhos! Desses sonhos pequenos

Que nos fazem crescer.

Voei sem asas, caminhei sem chão.

Não havia espaço em mim.

Dúvidas, ecos, pedidos de socorro e solidão,

Eram as vozes vindas do meu coração.

Silêncio!

Em lágrimas pedi a mim mesma,

Silêncio ao meu coração,

Um só minuto, para reflexão.

De que sofres? Indaguei-me,

De amar em vão! Porém ao amor

Nada se questiona, é do amor

Que sobrevive o coração.

E quão verdadeiros são os amores que sofrem,

Quão insondáveis os caminhos de um amor sem fim!

É eterno um amor nascido em meio à agonia,

Eu quisera diferente, porém sabia: eu não resistiria.

Então que ele viva em mim, ainda que eu sofra,

Que pareça injusto e sem razão,

Que eu chore que perca a esperança,

Mas prevaleça em mim, a voz do coração.

Que eu ame, e acabe o silêncio em meu viver,

Se eu morrer que não seja de dor,

Que seja de amor - de amor por você.