O CANTO DOS ANJOS
 
Como será o canto dos anjos?
Seria como o arfar cansado
de uma ave extenuada e solitária,
seria como a sinfonia das águas
que caem maravilhosas da cachoeira?
Seria como o murmúrio plangente
de uma inocente criança,
seria o suave barulho da chuva
que cai no telhado e dele, ao chão?
Como será o canto dos anjos?
Quem sabe seria talvez,
como o farfalhar das folhas sob a brisa,
quem sabe, o ruído discreto
do relógio na parede?
Quem sabe seria como as ondas
que se espalham em espumas na praia,
quem sabe o ranger das espias
do navio atracado ao cais?
Como será o canto dos anjos?
Decerto que possa ser,
o ruído imperceptível do instante
entre o fechar de olhos e o suspirar;
Decerto que seja, quem sabe,
a respiração indolente de um poeta
buscando no silêncio inspiração;
Certamente deve ser
o ruído da lágrima caindo,
do olhar do poeta triste
que chora pela sua paixão.
 
*Este texto está protegido por lei. Reservados os direitos autorais.
Proibida a cópia ou a reprodução sem minha autorização.
Visite o meu site:
www.ramos.prosaeverso.net
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3203
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 20/05/2010
Código do texto: T2269376
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.