PARA MEU PAI
era noite, e o menino chorava
com medo do escuro e dos trovões
aquele braço logo o embalava
e ele podia sentir forte as pulsações
era cedo, o menino acordava
com um beijo, e sem nenhuma ressalva
o braço pra escola o levava
pra aprender coisas além do que em casa se ensinava
era horário do almoço
o menino virou rapaz
então deu mais valor à paz
a tarde caía, o rapaz, agora homem, refletia
em algum lugar à beira do mar
e, num sorriso latente e mansamente dizia
pai, você me mostrou a conjugação do verbo AMAR.
RAPHAEL BARBOSA
###obrigado por tudo, Sr. Francisco Solano Martins Barbosa