AMOR INEXISTENTE
19/05/10
11:05
Dê-me um doce olá e sente-se ao meu lado amor inexistente.
Fale-me sobre as manhãs de primavera; sobre as camélias ainda adormecidas... Conte-me dos dias ausentes em que vivemos em nossa mansidão consoladora. Conte-me doces mentiras, mas fale comigo às vezes...
Não me deixe aos prantos e afogada em meu silencio devastador.
Não expresse pouco caso de meus medos, nem faça do todo amor que lhe aguarda pouco. Sente-se em sorrisos falantes e estórias desconcertantes.
Cale até perto de mim, mas esteja...
Por perto.
Não justifique as artimanhas do destino, nem acuse o bom ser por nossas fraquezas. Se este momento jamais chegar, ao menos desejamos com toda a força oculta em nossos corações.
Soubemos desejar, antes mesmo de merecer viver este amor...
Não nos intitule incapazes de sermos felizes, nem pequenos demais para entender o que nomeamos felicidade.
Seja humilde imperfeito amor. Saiba que dos dias frios guardamos a força que o calor leva em mínimo esforço. Das horas vagas, a meditação oculta em nossa oração. Do medo, a esperança mantida no silencio.
Não espere o momento certo para pegar em minha mão.
Nem o toque preciso para me dar um beijo...
Não espere que eu implore a sua presença para existir em minha vida.
Apenas seja.
E deste momento vindouro conversas desnecessárias (necessárias) construirão um vinculo hostil.
Chamaremos de "nossa história". Ou de "começo relevante".
Aprimoraremos nossos gostos, nossas escolhas... nossas diferenças.
Viveremos incompletos e seremos completados.
E ao falar das camélias, citaríamos uma obra perfeita para definir seus perfumes. Saberemos como elogiar algo sublime, não apenas lhe dar uma ação fixa e ligeira. Neste momento - amor ausente - seremos precisos e tocáveis.
Existiremos na grandeza da obra e não somente nos devaneios de poucos sonhos. Seremos o que somos agora, porém saberemos o tempo em que nosso amor existe.
Presente.
Nota da autora: ah, o velho vilão...
19/05/10
11:05
Dê-me um doce olá e sente-se ao meu lado amor inexistente.
Fale-me sobre as manhãs de primavera; sobre as camélias ainda adormecidas... Conte-me dos dias ausentes em que vivemos em nossa mansidão consoladora. Conte-me doces mentiras, mas fale comigo às vezes...
Não me deixe aos prantos e afogada em meu silencio devastador.
Não expresse pouco caso de meus medos, nem faça do todo amor que lhe aguarda pouco. Sente-se em sorrisos falantes e estórias desconcertantes.
Cale até perto de mim, mas esteja...
Por perto.
Não justifique as artimanhas do destino, nem acuse o bom ser por nossas fraquezas. Se este momento jamais chegar, ao menos desejamos com toda a força oculta em nossos corações.
Soubemos desejar, antes mesmo de merecer viver este amor...
Não nos intitule incapazes de sermos felizes, nem pequenos demais para entender o que nomeamos felicidade.
Seja humilde imperfeito amor. Saiba que dos dias frios guardamos a força que o calor leva em mínimo esforço. Das horas vagas, a meditação oculta em nossa oração. Do medo, a esperança mantida no silencio.
Não espere o momento certo para pegar em minha mão.
Nem o toque preciso para me dar um beijo...
Não espere que eu implore a sua presença para existir em minha vida.
Apenas seja.
E deste momento vindouro conversas desnecessárias (necessárias) construirão um vinculo hostil.
Chamaremos de "nossa história". Ou de "começo relevante".
Aprimoraremos nossos gostos, nossas escolhas... nossas diferenças.
Viveremos incompletos e seremos completados.
E ao falar das camélias, citaríamos uma obra perfeita para definir seus perfumes. Saberemos como elogiar algo sublime, não apenas lhe dar uma ação fixa e ligeira. Neste momento - amor ausente - seremos precisos e tocáveis.
Existiremos na grandeza da obra e não somente nos devaneios de poucos sonhos. Seremos o que somos agora, porém saberemos o tempo em que nosso amor existe.
Presente.
Nota da autora: ah, o velho vilão...