Tua Voz

É o som sem malícia

que canta nos meus luares,

a canção da minha alma

num poema itinerante

Ancora a ternura latente

desprotegida ou majestosa

na sombra da alegria avessa

ao turbilhão das noites de lã

Voz que me faz refém

de acertos esquecidos

revelando desejos ocultos

diante de todos os vultos

Bebo a sonoridade

que voa em sonhos abertos

desfazendo qualquer distância

no sopro de liberdade,

meu coração liberto.

Conceição Bentes

20/05/10

Conceição Bentes
Enviado por Conceição Bentes em 20/05/2010
Código do texto: T2268515
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