"O Telefone"

De um lado o silencio, a angustia me consome,

Em lagrimas me afogo! Toca telefone, anuncia

Ao soar da campainha a suave voz da minha amada.

Para o meu encanto, da janela aberta do alto da

Torre contemplo o revoar dos pombos, entre

Catedrais e espinhais elevam aos céus minhas preces.

Nas orelhas frias e quase sempre vazias disponho-me

A ouvir seus sonhos, seus planos, me encanto com

Seu espanto, tudo isso te conto, dum outro canto te

Encontro! Com a face pálida, pernas bambas

Encontro-me contigo e me disponho a revelar-te

Um sonho, que espanto te causa meu conto, a causa

Do sonho! Em teus olhos não miro, tua voz, ouço!

De longe te ouço, entre um conto e outro.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 20/05/2010
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