Nasci para amar
Nasci, numa manhã fria
de um qualquer Fevereiro
Gritei, com quantas forças tinha, à falta de oxigénio
Abri um olho, depois o outro e curiosa vi,
o que já pressentia, no calor do útero materno,
um mundo à minha espera de braços livres e abertos
Brinquei, construí castelos em nuvens de algodão
caí vezes sem conta e esparramei-me no chão
Aprendi que para ser feliz basta olhar o céu,
as nuvens, dançar sob a magia do luar,
sorrir às estrelas a catrapiscar,
enfeitar os cabelos com raios de sol
correr livremente junto à margem calma de um rio
Sentir o vento que afaga em jeito de arrepio
E quando partir nessa viagem serena
levar a alma cheia de luz, amor e paz,
porque a vida foi plena e eu nasci para amar