MÃOS
Ah!
Essas mãos
que um dia afagaram
seus cabelos.
Deslizaram em seu corpo
acariciaramm seu rosto
está perdendo à vida.
Hoje.
Manchadas pelo tempo
calejadas da lida
não tem mais força.
Sinto-te escuando
entre meus dedos
sem que nada possa fazer
e morro de medo
de te perder.
Ah! essas mãos
que tantos poemas
escreveram.
Hoje.
Tremu-las,
sentem falta do calor
das tuas mãos
para aguecê-las.
Essas mãos.
Que tanto trabalharam
com com arte,
hoje se parte
como os cacos da vida.
Em rugas, marcadas
pela longa estrada percorrida,
mesmo assim
agradeço a Deus
por ainda te-las.
Escrito em 16/11/2009