SE APAIXONANDO PELO INIMIGO
Liberdade sufocante,
dissabores de desamores,
realidade estremecida e
empirismo destorcido.
É assim, que sigo
vivendo ao pé da letra,
no fim da margem
e do outro lado da ponte.
É desse outro lado da ponte
que você é atraído pelo inimigo,
flerta com ele,
deixa seduzirtes,
ama – o,
e sente o gosto amargo do beijo da morte.
Morte vivida, agora, como
refém de uma paixão dúbia
que coloca em risco o seu próprio desejo de viver.
Como é contraditório
esse sentimento de amor submisso e de dois mundos.
FELICITY SCHECTER.