ÂNGULOS

Num momento eterno de um poema curto,

Falo de sorrisos e carícias breves.

Num momento terno de um poema bruto,

Falo de sorrisos e cantigas leves!

Num momento terno de um poema culto,

Falo das rasuras que meu verso escreve.

Num momento terno de um poema surdo,

Tudo o que se escuta é um vulcão que ferve.

Num momento terno de um poema oculto,

Falo o meu segredo que já não te serve.

Num momento terno de um poema mudo,

Falo um absurdo a que ninguém se atreve.

Num momento terno de um poema adulto,

Falo em ser criança quando não se deve!...

E num momento terno de um poema adulto,

Falo qual criança, nas carícias breves.

Willian Marques
Enviado por Willian Marques em 19/05/2010
Código do texto: T2266382
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