AMOR VERDADEIRO
Em centelhas de imensos carmins
Crônicas das vidas entrelaçadas
Postas que são duma mesma morada
Cantigas em tons afastados do fogo
São escritos sepultados entre as fadas
A mais cruel das mensagens desbotadas
Tecidas da vaidade cega panos comuns
Em palcos insanos da próxima face sombria
Miradouro de céus anis - tragas para mim
Uma canção real do firmamento que perdi
Esgoto dos pudores todos em vestes rotas
Acomodados em gestos benéficos aos tais
Deserto clamando vida aos versos rubros
Profeta da vida poética em luto absoluto
Acaso não soubesse da enfadonha roupa
Que desnuda o cerne da real hipocrisia...