Nostalgia
Ah! Condão de madrepérola
Ampulheta do sempre mistério,
Guardião do tempo
Em meio as minhas escrituras,
Seduza-me ao próximo verso!
Traga-me a clareza
Do peito alumiado ao luar,
Tecendo em gotas, em quintas
Idílicos novelos de uma tarde
Dourada outonal!
Tatua-me no outrem,
Da calada e bela fragrância
Compondo em prosaicos elementos
Efêmeras velas de uma imensidão,
Lúdica ao pulsar da viva ferida!
Veste-me em quimeras,
Do beijo úmido ardendo em nostalgia
Desvendando em cartas, em bênçãos
Raras entrelinhas de uma alvorada
Estreita a alma ao sonhar!
Auber Fioravante Júnior
13/10/2010
Porto Alegre - RS