- Comentário de Etelvina_G_da_Costa em 6 março 2010 às 4:37
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Desespero do poeta
A minha busca é insana
Busco dentro de mim
E meu génio diz-me sim
E aumenta o desejo
Do que almejo, mas não vejo
E procuro o que não alcanço
Sou poeta sai o que de mim
em madrugadas fechadas
Arrefecidas brota gélido
E poeta sente-se impedido
Porque só em chama ardente
plagio o meu coração
E faço minha essa unção
E sinto a posse
do que em mim brota incessante
em madrugadas frias geladas
amortecidas reservadas
e é o meu desejo tornado chama
línguas de fogo
caloroso que queima
que ilumina nessa teima
que arrasta e desperta a alvorada
tão nublada.
E lhe devolve o esplendor
E então flui cálida serena
por entre as súplicas de desespero
como sombras de exilados num vai vem de desespero
a verbosidade dos poetas que já não diziam nada
suas almas estavam débilitadas cansadas
e a madrugada aprisionada
de tta
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