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Estranhas são as vozes dos poetas
Dizem o que sentem sem saber porquê
Sobem a montanhas sem nunca as escalarem
Dizem sentir dores sem as experimentar
Em versos compungidos sai o grito de dor
Em cantos de encanto falam de amor
Baladas delicadas misteriosas singelas
E abrem de par em par as suas janelas
Fantasiam de azul as suas ilusões
Revelam em ardor delícias de alcova
Pincelam de branco as desilusões
E enegrecem caminhos floridos
Vá lá entender-se a prosa poética
Por alguma razão vão trocando a métrica
Para dar ardor ao seu versejar
Para confundir quem se enfadar
Ou para provocar quem o não sente
Poeta troca invoca arquitecta sensações
Emoções de fantasia capricho e imaginação
O que o converte distinto de outra gente
Por isso é poeta e só a sua alma o entende
De tta
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Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 16/05/2010
Código do texto: T2259830
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