MÃE

MÃE

Não há o que dizer do meio

Dos caminhos do olho maior

Da Mãe, cuidado

E sim do início, sempiterno

O nascer da vida

A carne da carne

A continuação da existência

Terra, pele, chão

A palavra alva e delicada

Exalta a alegria no próprio seio

primeiro beijo do filho

Nos bicos dos seios

O afago, o êxtase, a paz

Fortifica o ventre e a boca

Espasmos de coração a coração

O ligare profundo

A raiz, a rama viçosa

O broto, rebrotar a palavra segura

O incondicional em sublimação

Mãos cheias invisíveis

ao olhar alheio, mas sentido

Sentimento, amor

Transmuta cálida

O sempre cheiro

Perfume sem fim

Mãe

cíntia thomé

Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 16/05/2010
Código do texto: T2259756
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