CINZAS DE CÉU
Cinzas de Céu
A saudade não escorre
seivas... Há de serem mofos
Na geladeira, no canto, canteiro
Fruta escondida por inteiro
Casca grossa estoura
Desenhada as folhas verdes
Desses meus olhos nublados
Resfriados na lembrança
da nossa fome
De sua pele, aquela que vi
Em cores de sorriso e sede
E deixei em mim amadurecendo
Num mundo cinzento de céu
E viver
até quando
Cíntia Thomé
Maio/2010
*Uma saudade sem resposta, mas com endereço que desconheço...
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