Vítimas do Amor

Ainda me vejo naquela praça

ao lado dela cheio de graça

suplicando um beijo juvenil

sendo embalado em seus seios

e apesar de todos os receios

sentindo-me um ser varonil

Seu corpo todo enfervecente

tirando-me do sério de repente

dando-me ordens para lhe amar

seu hálito quente abrasador

sussurando palavras de amor

fazendo todo meu corpo gelar

Envolvidos por este sentimento

tinhamos certeza que o firmamento

esses nossos desejos iria aprovar,

mas hoje ao olhar aquele banco

do fundo da minha alma arranco

as últimas lágrima para chorar

tudo agora parece tão distante

só me lembro do seu semblante

no ônibus a mim dizer adeus

agora só me ficou a lembrança

e uma bem distante esperança

de voltar aos braços seus.

Fernando Rocha da Costa
Enviado por Fernando Rocha da Costa em 26/08/2006
Reeditado em 29/08/2006
Código do texto: T225881