Meu encontro...meus livros

“Ecos, amor, lembranças”,

Ressoaram pelo tempo, esquecidos,

Sepultados na bagagem,

São estrelas sem súdito

Páginas vãs, apenas folhas secas,

Que o outono fez cair.

“Se todas as musas” decantadas,

Repousadas em meus versos,

Fossem iguais a você... Nelma,

A poesia teria sintomas ilibados,

Os poetas renasceriam para vida,

Marcantes, pilares da literatura;

Quisera ser menestrel, vê-la pintada,

Torneada em cada linha nas telas,

Colorindo o fastio de existir sem amar,

Sem ter a quem tocar, dedilhando a sinfonia,

No despertar das emoções.

“Causas e coisas”, a razão de tudo, de tanto

Anseios perdidos, frustrações,

Mas, vivendo intenso amor que perdurou,

Até que, as coisas não tiveram causas.

“Noite adentro”, busca de respostas, afirmações,

Ilusões, o caminho da poesia criando,

Fazendo que o sonho flutuasse na vida.

Prá uma só saudade, única, tímida,

Sorrateiro visitante alheio a problemas,

Fez-te companheiro no amargor da ausência.

“Quarto de despir”, dissipar lindo da alma,

Fez-me nu, mesmo no frio descalcei luvas,

Sob o abajur da vida silenciosa.

“Folhas verdes”que renovaram o tronco,

Só que não trocaram os frutos,

Daí os vocábulos escaparam gerando o mesmo,

A candura do amor ausente;

Nesta” reverência que faço ao encontro,”

A vida pela vida, a morte pela morte

No encontro eternamente pelo amor.