Simplesmente Ternura
Quisera eu,
Rever pela sombra
A ternura bebida nos lábios,
Naquela fonte vertendo em vinho
Envelhecido nas invernadas,
Nas talhas do coração!
Quem me dera,
Ser o mar com ondas rolar,
Navegar, navegar e navegar...
Pudesse eu,
Ter na grande tela
A candura do seio gentil,
Gerado entre as flores de Monet,
Alçando pel’alma em êxtase
Sempre as cores de uma aurora!
Quem me dera,
Ser os verdes campos,
Cavalgar, cavalgar e cavalgar...
Gostaria eu,
Ter nas linhas da seda
A palavra seduzida desnuda
Em preces cantantes,
Orações ofegantes, o olhar em leituras
No puro e majestoso amar!
Auber Fioravante Júnior
11/05/2010
Porto Alegre - RS