NOITE INFINITA
Onde foi que se guardou o claro céu?
Onde estão os raios de sol da manhã?
Tudo, agora, é somente um negro véu;
Escuro imenso só iluminado por Aldebarã.
Quando, virá envolver-me, a madrugada?
Quando poderei ver um princípio de aurora?
Ao tempo, minha vida está subjugada;
Porém, partiria, sem tristeza, mesmo agora.
Vivo uma longa noite de insônia inglória
Sem nenhuma perspectiva a nascer no horizonte
E nenhuma conquista que se guarde na memória.
Em tão longo caminho não encontro qualquer ponte
Que me leve à claridade do dia, minha vitória;
Ver a luz do sol novamente e apagar o penoso ontem.