Frio Polar
 
O frio que você sente
Chega até meu Verão
Inunda minh’alma,
Paralisa minha mente,
Sacode-me com sofreguidão...
 
Sinto você gélido
Parado, estático
Vejo-o num mundo sem cor,
Ou cinza, talvez
Clamando por um amor...
 
E eu tão só a esperar
Que meu corpo abrasador
Possa o seu aconchegar
Tirando-lhe toda a dor
P’ra comigo você sonhar...
 
 Isso, eu sei, é impossível
Os seus grilhões são pesados
Mesmo assim queira-me bem
Pois vivendo este fado terrível
Não sou feliz também...
 
Nossas vidas são diferentes
E ao mesmo tempo tão iguais
Você e seus amores passados e presentes
Eu já nem sei se sofro ou não
Mas ambos choramos nossa desilusão!
 
RMR
São Paulo, 22/01/2010