Solstícios dos Desafortunados
Do amante,
Não foi nos braços ingratos
O pulo.
Fitava o rosto do belo Faonte
A doce Safo,
Nos precipícios da poesia.
Suaves pálpebras a desvanecer,
No acalentar dos beijos, brisas
Que desejara ser do amante os lábios
Ainda que osculassem amargos.
No azul salobro, pendeu da poetiza
Corpo mortal – em rochas banhadas
Por lágrimas de Penélope.
Em mais um sono grego, ondas que banharam lágrimas
De saudade,
Levaram alma ébria de amor: suicida.