Solstícios dos Desafortunados

Do amante,

Não foi nos braços ingratos

O pulo.

Fitava o rosto do belo Faonte

A doce Safo,

Nos precipícios da poesia.

Suaves pálpebras a desvanecer,

No acalentar dos beijos, brisas

Que desejara ser do amante os lábios

Ainda que osculassem amargos.

No azul salobro, pendeu da poetiza

Corpo mortal – em rochas banhadas

Por lágrimas de Penélope.

Em mais um sono grego, ondas que banharam lágrimas

De saudade,

Levaram alma ébria de amor: suicida.

Arquelau de Satna
Enviado por Arquelau de Satna em 14/05/2010
Código do texto: T2256889
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