Morrente

Aprendi a morrer numa noite de Setembro,

Quem ousaria morrer numa noite dessas?

Ainda mais, diante daqueles olhos brilhantes,

Iluminam a vida, como bem lembro...

Depois daquela noite de setembro,

Nada mais seria como antes...

Mas meus olhos fecharam junto com a porta,

Depois de uma olhada fatal, foi embora,

Tudo passou a ser como se nada existisse,

Minha alma, coitada, tombou, já morta,

Era como se aquela maldita porta,

Ingrata, nunca mais se abrisse...

Aprendi a nascer numa noite de Novembro,

O sopro de vida nova adentrou minh’alma,

Reiniciando o velho, parado, coração,

E agora, já nem mais lembro,

Quantas vezes, depois daquele Novembro,

Renasci em teus braços desde então...