O Amor que eu tenho por ti é eterno
Tanto que sobrevive às coisas mortas
Portanto, dele não me cerra as portas
Ainda que ele habite o próprio inferno
 
Que o tempo me consuma aos poucos
Com sua tênue chama incessante
Se arde viver, há que se viver
Mas de amor não, para o amor não
Para o amor e de amor o fogo intenso
Que me consuma primeiro por inteiro
Por fora e por dentro sempre
Que se torne cinza das cinzas
De minha floresta de alheamento
 
Que seja a vida essa floresta em chamas
E cada palavra de cada verso labaredas
Que eu padeça em cinzas por essas alamedas
Desde que seja com esse fogo que me inflamas
 
Que seja essa poesia o que me consome
E que eu viva assim abrasado nessa dor
Desde que essas coisas todas tenham nome
E que em fogo o nome delas seja escrito: Amor


(Poesia On Line, em 14/05/2010)
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 14/05/2010
Reeditado em 08/08/2021
Código do texto: T2256540
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.