ACORRENTADOS
Eles se amavam desde os remotos tempos em que se ignoravam
E se completavam quando sequer buscavam por outra metade
Eram a verdade dos improváveis prognósticos que se enganavam
Há muito se esperavam e se previam nos mistérios da saudade!
Primeiro encontro e a sensação de que não era surpresa
Ela uma princesa, ele o monarca da solidão
Bastou um leve toque de mão pra cada coração obter igual certeza
Tal como o rio segue a correnteza, se desaguaram na paixão!
E esse diálogo transcendental jamais pairou no desencaixe
Que a novidade pareceu-lhes praxe, pois já se viam no imaginário
E o tempo ao caminhar contrário, deu ao futuro um velho traje
Onde o presente interage e ergue um indissolúvel cenário!
Porque o amor não vem a nós com a intenção de esclarecer
Julgamos vê-lo até nascer e a sua morte para a vida é indiferente
A gente pensa que não vê, mas sente – a gente simplesmente crê
Voando livres nos céus do prazer, atados por correntes!
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