A CONSTÂNCIA DO AMOR

Não penses no que falo agora.

Esperes um outro momento,

quando eu tiver ido embora,

quem sabe, nas asas do vento.

Daí possas melhor refletir,

sem a necessidade de argüir,

nada sobre o meu sentimento.

Lembre-se insistentemente

do gosto cruel da amargura.

Porém, ele não é permanente,

pois é vencido pela doçura,

trazendo-nos um devaneio,

o qual roça na pele do anseio,

com uma imensa ternura.

Aguarde que o sol a ilumine

e aqueça com real emoção.

E sintas, então, como ele define,

esta minha inebriante paixão.

Pare por alguns instantes,

e entenderás como é constante

o amor em meu coração.

Marco Orsi

14.05.2010